terça-feira, 17 de julho de 2018

NA CABEÇA E NOS QUADRIS

EU ME ENCONTRO EM UM BECO
QUE VAI SE ENCURTAR
SE AFUNILAR DENTRO DO MEU PEITO

CADA PASSO LHE TIRA O FÔLEGO
TUA FORÇA E PRECONCEITO 
PARECE  SE AFOGAR
DENTRO DE UM POÇO  SECO

DO MESMO UM DESEJO FAÇO
EM UM RITO FOLCLÓRICO E PENSO
MAU OLHADO  QUE LHE PASSO
TEM O SABOR DE UM TENRO BEIJO

ME BEIJARAM A BOCA E VIREI POETA
MAS A  ALCUNHA  NÃO  QUIS
POETAS TEM UM ANJO NA CABEÇA
MAS UM DEMÔNIO NOS QUADRIS

 NO MEU JARDIM  MISTURAM ORTIGAS
QUEM ANDA POR ELE
 NÃO  CONSEGUE  MAIS FICAR EM PÉ

TÃO  DIFÍCIL  QUANTO RIMAR
É  MANTER A POESIA
SEM DEIXAR A MÉTRICA  CAIR

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