quarta-feira, 26 de outubro de 2022

MOMENTO ASSIM

 

AS COISAS QUE POSSO VER
OUTRAS SÃO  CÁLICES  QUE EXPURGAM DE MIM

SERÁ ALÍVIO OU AFLIÇÃO
PENSO QUE SIM

O BELO QUE TODOS PROCURAM TER
SÃO TROPEÇOS QUE OS OLHOS  APALPAM  QUANDO A LUZ ALCANÇAR

ACERTIVO OU CONFRONTADOR
QUE A PEDRA SE AFASTE DE MIM

PARECE INEBRIANTE
ME AFOGO EM MEIA TAÇA
TERROR TRAGÉDIA
SER OU NÃO SER

FICO ALERTA
EM UMA TORRE DISTANTE
CONTRA O SOL QUE NÃO PODE ESCONDER

PAI TIRA ESSE CÁLICES DE MIM

TÔ TE PEDINDO
CALMA
TÔ TE  MOSTRANDO
A FACE
E DO LABIRINTO
QUERO FUGIR

MESMO DO PÃO
AMASSADO
ESTE CORAÇÃO
SEM CARINHO
NÃO FOGES A LUTA
EM UM MOMENTO ASSIM

quinta-feira, 26 de maio de 2022

OFERENDA

 Fique de mal com Deus por seus fiéis punguistas

Coloca seu rebanho a dispor de animais selvagens

Cercados por em um lugar a mercê do tempo
Matando um por semana como um oferenda
Para esse mesmo Deus que disse não obrigado
Por ser  analfabeto funcional e ter pouco discernimento dos manuscritos
Se considera santo para ressentimentos e  quem acredita no vigário

SONHOS LÚCIDOS

 

Matei os sonhos lúcidos com um copo de café
Para manter acordado do que fosse lindo
Os olhos cor de carmim que não mais piscavam
Cambaleando feito um zumbi em algum cruzamento público
Coberto por farrapos da última temporada
Vendo um mito de barro em um discurso impuro
Lendo meu obituario que diz que foi morto por suicídio

domingo, 22 de maio de 2022

A FÓRMULA QUE SE OPÕE

 Tomo um copo de veneno para te fazer mal

Faço este rito toda manhã

Escrevo teu nome na boca de um sapo

E que essa mandinga seja eficaz

Para que saibas a dor de viver só

Queimo fotos suas em um jarro

Isso me faz um pouco melhor

Depois me deito e meus pesadelos combato

Beijo e abraço pessoas estranhas

Para teu perfume me livrar

No entanto ele parece se espalhar

De alguma forma eu criei

Uma fórmula que se opõe

Aos atos que deveriam me limpar

Nem todo sal que joguei

Ou arrudas que colhi

O resultado é sempre igual

terça-feira, 17 de maio de 2022

UM MAMÍFERO SORRATEIRO CARNICEIRO QUE VOA

 Como a vista é diferente no topo da colina 

Lhe dá visão além do alcance 

É  uma pintura  

Um quebrador de expectativa 


Mesmo o cinza da cidade 

Poder ter beleza  se tiver astúcia 

Lá percebe variedade  ainda mais monocromático 

50 tons é pouco que a vida que bate 

Ao peito 

Mostrando a verdade que o mundo é um perigo maravilhoso 


A arte é pop e seus controversos contraste 

Devora o que parte e nutre quem vem 

Um mamífero sorrateiro carniceiro que voa 

Eu sou esse ser ou ninguém 


sábado, 30 de abril de 2022

FAMA OU RIQUEZA

 Uma vez me perguntaram se eu queria ser famoso ou rico

Posto nesta encruzilhada  vejo exu e pomba gira  apontando o dedo se acabando no escárnio
Raspo o couro cabeludo e duvido dá  origem da questão talvez com um laxante eu consigo tirar  o rei deste umbigo
Ou contrato um gato e rato detetive olho grande e faro fino
Poderando chego a um resultado
Fama  fede
O vil metal é meu alvo

terça-feira, 19 de abril de 2022

A DANÇA DO TEMPO

 

De tempos
Os ponteiros na dança se cruzam
A bailarina 
Em um quarto de hora seu  figurino  muda
Nos últimos minutos
O cisne seu solo fez
As plumas sobre as águas
Com pulos lindos
Na ponta do pé

Os minutos  disputam por mais de um segundo
O movimento do sol marcando a hora de quando o dia vai raiar
Esse passo marcado
Pode mudar
Em quatro ritmos conforme a estação
Danço juntinho no inverno
E sozinho no verão

quinta-feira, 7 de abril de 2022

VAMPIRO E LOBISOMEM


 

TEATRO DE VAMPIROS

 

O mundo está  entulhado de vampiros
E seu alimento é o chá do texas
Como uma mosca  fazendo um estrondoso ruído
Cavando fundo na cútis da mãe  terra
Fazendo o sangue negro jorrar  como um chafariz
Barris da terra indo pra lá e pra cá
E procurando outros cantos e criando mais orifícios
Como um bom parasita  o expurgo  não tem chance de cessar

Dizem que fazem por amor
Pelo bem da raça  que vive aqui
Mas quando esse óleo um dia findar
Procuramos outro amor para o vazia da riqueza fechar

No teatro de vampiros
Estamos afogando no lixo de alguém
Criando canções
Com mentiras, displicência  concupiscência
No teatro de vampiros
 

terça-feira, 29 de março de 2022

ESCOLA DE SAMBA

 Fico empolgado durante o carnaval

Ver o mar de cores e formas

As alas, passistas e o puxador em ação

A mistura de ordem e caos

Surge a comissão de frente

Dando uma pincelada no enredo

Com aspectos cênicos na sua frente se transformar

O abre-alas com o símbolo da escola

Onde na jornada começamos a entepretar

É bonito

As bossas

Encatado

As baianas

Que com seu longos vestidos giram o seu glamour

É bonito

Mais alas

Ver a história contada

Esta peça de teatro que só termina quando o sol despertar

E vem ela com a ginga

A porta-bandeira com o pavilhão da escola com seu protetor mestre-sala

Essa parceria tem o poder de na passarela quase voar

POUCO PRODUCENTE

 Alguém vai dizer que é opinião

Talvez dor na consciência

A dor por mostrar seu lado bom

Pode se tornar uma faca quente em você

Mas ser inumano

Renegar o que faz o cerne ser só seu

Já foi provado ser amargo e pouco producente

Queria que a vida fosse um musical

Onde com a dança podesse exorcizar

Os meus demônios que estão em um copo

Mal lavado na mesa de bar

Eu quis ser eu

Juro que tentei

Mas sou um covarde

E me escondo na máscara social

Eu quis ser eu

Eu quis ,eu quis

Mas me travesti

Em um número da multidão

Logado em algum site na rede mundial

Lendo burras situações

Ordinárias demais

Por ser patético

Minha bunda na cadeira não sai mais

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

QUÍMICA

 

QUÍMICA


A aurora é o oposto do crepúsculo

No espectro das cores o verde e roxo disputam

Mas quando os contrários se atraem 

Numa complexa engendrada reação que cria um mix para fusionar

Isso é química


Desde o oxigênio que inalamos

E a reação que do sangue ao transportar

O gás carbônico que expelimos pela boca e nariz

O h2o que que compõem toda vida aqui

Que volta em um circuito delicado


A reação do sol

Emanando seu calor

Para as plantas isso em energia transformar


E como misturar ovos numa tigela 

Com farinha , açúcar e o leite 

Para um belo bolo saborear

E ver toda química em ação


E todo universo em desencanto

Quando um dia a entropia chegar

Desvanecendo a sua breve estadia

É bom saber que a química vai continuar


Vai continuar


É bom saber que a vida vai continuar

Em cada estação

Toda vez que a terra fazer sua rotação

O calor e frio 

A folhas que cobrem o todo lugar

As ondas que arrebentam na praia

E a terra no movimento de translação

























quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

TOCA DO COELHO

Molhando meus pezinhos
Quando reparei
Um coelho com relógio de bolso
Curioso fiquei
Segui o felpudo por uma toca para esse lugar
E no país das maravilhas desembarcou
Cheguei na hora do chá

Era confusa sua cultura
Pouco me adequei
A lógica descia pela privada
Louco fiquei
Até que um gato com uma bocarra escancarada me fito
Me dizendo que todos os caminhos vão ao mesmo lugar

A soberana daquele passo
Era stressada
Tinha um radar que notava tudo
Em sua volta nada escapava
Exigia pompa e elegância todo rigor
Qualquer mínimo detalhe que te encomodasse
A cabeça pesou
 
Ela pendia para flancos
Pobre monarca
Queria que as cabeças dos incautos fossem cortadas
O delírio da realeza se generalizou
Com os gritos estridente
O castelo emanou
Mas ninguém mais obedecia
A velha fidalga
A realeza hoje é um engodo
Não serve para nada
Hoje o suplício se inicia  da torre não passa de uma sala perdida
Acolchoada esquecida nobreza ficou

Sai daquele mundo
Onde nada encaixava
Aprendendo uma lição
Com minha astúcia ninguém contava
Que um bom livro com os pés na água
Gostoso pode ser
Mas não adormeça com livro na mão
Um tibum ele vai ter 


terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

DIREITA E ESQUERDA

 

Uma coruja me encara julgando meu jeito
A cada passo mal dado
Seu som se mostra presente
Na mata tão densa
Me enxergar de forma fácil
Para ela sou um rato
Procurando um buraco para esconder

Ela se alinha depois do giro de 180
Uma grande fofoqueira
Não quer outras aves marcando presença
Preparando o rasante
Estou tão exposta
Como um zagueiro no meu encalço
Tentando roubar a bola

Dou zig zag da rapina me afasto
Se dá ruim na direita
Na esquerda empaco
Na arte do atraso
Na fuga escolho um de dois lados
Dando zig zag
Talvez eu escapo


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

CORES

 

Shakespeare  uma vez relatou  um monstrinho
Que pelos olhos era fácil reconhecer
A cor esmeralda ficava visível
Quando algo seu ele queria em seu poder

Na sobriedade me monto com todo cuidado
Elegância poder me relacionar
Me cubro de preto básico
Para com meus convidados nunca possa errar
E na despedida bem vestido posso morrer

A solitude e a paz tenho propagado com algo cândido para do resto me destacar
Sou imaculado, a noivas tenho seus corpos  coberto para depois marcar

Oi sou o tom do amor
Mas sou algo core também
Tenho tipo A ,B e  O fluindo pelos vasos em alguns carro um espelho vai muito  bem
Sou a cor da esquerda
A raiva no olhar da cólera
Sou sentimento de quem gosta de queimar os outros até  a alma

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

TINTA ÓLEO

 

A vida é um quadro em branco
E jogamos
Tinta óleo  encima e esperamos secar
Mostramos a obra
Para um vizinho avulso
E que mentira ele ira nos contar

Vão dizer que ela modernista
Rococó ou talvez demodê
Inspirada em Picasso
Com sorriso amarelo
Ou olhando de quina
Como avestruz a face tenta esconder

Não passa de um borrão de tinta
Mas para rocharch possa algo a mais ter
Mostrando essa imagem
Para um suspeito na esquina
Pronto o meliantes se entregou
Pode prender

Não passa de um borrão de tinta
Marcamos essas linhas com pincel
As vezes para trás damos um passo
O desenho se refaz
Com um belo borrão você fez